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ALENCAR, Jacqueline Mendes. Avaliação do composto de casca de pequi no manejo de Fusarium spp. em olerícolas. 2016. 49 p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal no Semiárido) – Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, 2016.
Patógenos de solo são responsáveis por inúmeros problemas fitossanitários em muitas culturas de interesse comercial, causando perdas significativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o composto de casca de pequi no controle de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (fol) e Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum (fov). Testou-se o efeito in vitro do extrato do composto de pequi na inibição da germinação (GER), crescimento micelial (CM), esporulação (ESP) e viabilidade (VB) de fol e fov. Esses ensaios foram todos montados em delineamento inteiramente casualizado com três repetições. Para avaliar a germinação, preparou-se um extrato de pequi a 5%, que foi diluído em água destilada para as concentrações de 8,3; 11,5; 14,3 e 18,75 mL/L-1. Para o ensaio de germinação, em um Eppendorf adicionou-se 1 mL dessa suspensão à qual foi acrescida de uma alíquota de esporos de fol e fov. Em seguida, incubou-se em condição de ambiente e, após 24 h, avaliaram-se os esporos germinados. Para crescimento micelial, ajustou-se o meio batata dextrose-ágar para as mesmas concentrações, e no centro da placa adicionou-se um disco de micélio de fol e fov. Após sete dias, determinaram-se o diâmetro das colônias e o número de conídios/cm2 da colônia. Avaliou-se também a viabilidade desses esporos por meio do teste de germinação. Os dados foram submetidos a análise de variância e teste de regressão e Tukey, a 5% de probabilidade, pelo Sisvar. Para os ensaios em casa-de-vegetação, avaliaram-se cinco doses do composto nas proporções de 0, 5, 10, 20 e 30 g dm-3 e duas testemunhas adicionais: esterco bovino (20 g dm-3) e adubação mineral (100 mg dm-3 de N). As mudas de quiabeiro e tomateiro com 21 dias após o plantio foram inoculadas com a solução de esporos, na capacidade de campo do solo, em recipientes de 200 mL. Após o período de 7 dias, essas mudas foram transferidas para vasos de 3 litros de solo, sendo feito o desbaste após 7 dias do transplantio. Os tratamentos foram dispostos em delineamento em blocos ao acaso com cinco repetições, e cada parcela foi constituída por uma planta. Avaliou-se diariamente a evolução de sintomas de amarelecimento, murcha e morte de plantas. Após 60 dias do transplantio, as plantas foram seccionadas da base da raiz até o fim da haste do caule, e a extensão da lesão foi medida para as culturas. As concentrações de pequi reduziram o CM e a VB de fol. Entretanto, nenhum efeito foi observado da sua ação direta sobre a germinação de esporos. Da mesma forma, observaram-se reduções na germinação e no crescimento micelial de fov. Houve estímulo da esporulação para os dois fungos com o aumento da concentração – 33% para fol e 64% para fov. Não houve efeito significativo das doses testadas em comparação com a adubação convencional e adubação com esterco sobre incidência de amarelecimento, murcha e morte em tomateiro. Não houve alteração na coloração dos vasos vasculares que permitisse a medição dos sintomas. Na interação quiabeiro x F. oxysporum f. sp. vasinfectum, o período de manifestação dos sintomas de amarelecimento, murcha e morte das plantas que receberam as doses 20 e 30 g/dm3 de composto de pequi foi significativamente menor que o observado em plantas que receberam adubação convencional. Com relação ao tamanho de lesão, não houve diferença entre as doses e as testemunhas testadas
Palavras-chave: Lycopersicon esculentum, Abelmoschus esculentus, Fusarium spp., Matéria orgânica.
Pequi bark compound assessment in Fusarium spp. management on oleraceous
Soil pathogens are responsible for many disease problems in many economically important crops, thus causing significant losses. The aim of this study was to evaluate pequi bark compound in control of Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (fol) and Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum (fov). The in vitro effect was tested for inhibition of germination (GER), mycelial growth (MG), sporulation (SP) and viability (VB) of fol and fov. The tests were made in a complete randomized block design with three replications. To evaluate germination, a 5% pequi extract was prepared and diluted in distilled water solution for concentrations of 8.3; 11.5; 14.3 and 18.75 mL/L-l. For germination test, 1 mL of the suspension was added to Eppendorf with an aliquot of fol and fov spores. Next, it was incubated in ambient condition and the spores germinated were assessed after 24 hours. For mycelial growth test, the potato-dextrose-agar medium was adjusted to the same concentrations, and the plate center was added with a fol and fov mycelial disc. After seven days, the colonies diameter and number of conidia/cm2 were determined. The spore viability was also evaluated through germination test. The data were submitted to analysis of variance, regression test and Tukey test at 5% probability through Sisvar. For greenhouse tests, five doses of the compound in proportions of 0, 5, 10, 20 and 30 g dm-3 and two additional witnesses were evaluated: cattle manure (20 g dm-3) and mineral fertilizers (100 mg dm-3 of N). 21 days after planting, the okra and tomato seedlings were inoculated with the spore solution, at soil capacity in the field, in 200 mL containers. After 7 days, these seedlings were transferred to 3 liters soil pots, and thinning was made 7 days after transplanting. The treatments were arranged in a complete randomized block design with five replications consisting of one plant. Symptoms of yellowing, wilting and death in plants were daily assessed. 60 days after transplanting, the plants were cut from root base to the end of the stem, and the injury extension was measured. The pequi concentrations reduced fol MG and VB. However, no effect from direct action on spore germination was observed. Likewise, there were reductions in fov germination and mycelial growth. There was stimulation of sporulation for both fungi with increasing concentrations – 33% for fol and 64% for fov. There was no significant effect from doses tested with conventional fertilization and manure fertilization on periods of incidence of yellowing, wilting and death in tomato. There was no change in color of vascular vessels for measurement of symptoms. In okra versus F. oxysporum f. sp. vasinfectum interaction, the time for symptoms of yellowing, wilting and death of plants that received pequi compound doses of 20 and 30 g/dm3 was significantly lower than that observed in plants treated with conventional fertilization. With respect to lesion size, there was no difference between the doses tested and the witnesses.
Keywords: Lycopersicon esculentum, Abelmoschus esculentus, Fusarium sp., Organic matter
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