Laís Pacheco Sá. Linhagens do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata em diferentes espécies de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

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SÁ, Laís Pacheco. Linhagens do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata em diferentes espécies de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae). 2015. 51 p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal no Semiárido) – Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, 2015.

O parasitoide Diachasmimorpha longicaudata é capaz de multiplicar-se em diferentes hospedeiros, o que representa uma vantagem muito importante, quando o controle precisa ser feito em áreas onde várias espécies da praga coexistem. O objetivo deste trabalho foi avaliar o parasitismo de duas linhagens de D. longicaudata em duas espécies de mosca-das-frutas e os efeitos sobre sua progênie. Foram utilizadas fêmeas do parasitoide com oito dias de idade, criadas sobre Ceratitis capitata ou Anastrepha fraterculus, provenientes da criação estoque mantida no Laboratório de Controle Biológico da Unimontes. As fêmeas do parasitoide foram acondicionadas duas a duas em gaiolas adaptadas. Foram oferecidas a elas 20 larvas de terceiro instar das moscas-das-frutas, C. capitata e A. fraterculus, em uma “Unidade de Exposição ao Parasitismo” (UEP), durante uma hora, com e sem chance de escolha. Após o parasitismo, o número de cicatrizes deixadas pelos parasitoides foi verificado por meio da visualização sob microscópio estereoscópico. Os pupários foram classificados como: não parasitados (ausência de cicatrizes), parasitados (presença de 1 cicatriz) e superparasitados (presença de duas ou mais cicatrizes). Após a emergência, os adultos foram identificados e quantificados. A intensidade de parasitismo foi avaliada por meio da proporção de larvas não parasitadas, parasitadas ou superparasitadas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 25 repetições em esquema fatorial 2x2 (2 linhagens do parasitoide x 2 espécies de larvas hospedeiras). As variáveis intensidade de parasitismo, frequência de cicatrizes, frequência de machos e fêmeas emergidos em função do hospedeiro e da linhagem do parasitoide, e frequência de machos e fêmeas emergidos em função da condição da larva (parasitada ou superparasitada) foram analisadas quanto à distribuição de frequência utilizando-se o teste de Qui-quadrado. As variáveis mortalidade e índice de parasitismo foram submetidas à estatística não paramétrica de Kruskal-Wallis. Verificou-se que no teste sem escolha, independentemente da espécie da larva hospedeira, as fêmeas das duas linhagens preferiram superparasitar as larvas oferecidas, e quando tiveram escolha preferiram superparasitar as larvas de A. fraterculus e depositar somente um ovo nas larvas de C. capitata. A frequência de pupários sem cicatriz foi maior quando o hospedeiro oferecido foi diferente daquele em que a fêmea foi criada. Independentemente da linhagem do parasitoide, o hospedeiro A. fraterculus foi o preferido para postura de fêmeas.

Palavras-chave: Anastrepha fraterculus, Controle biológico, Ceratitis capitata, parasitismo.

 

Parasitism of Diachasmimorpha longicaudata strains in different species of fruit flies (Diptera: Tephritidae)

Parasitoid Diachasmimorpha longicaudata can multiply in different hosts, which represents a particularly important advantage for control in areas where various pest species coexist. The objective of this study was to evaluate the parasitism of two strains of D. longicaudata in two species of fruit flies and the effects on their progeny. Eight-day-old female parasitoids were cultivated on Ceratitis capitata and Anastrepha fraterculus obtained from creation stock held at the Biological Control Laboratory of Unimontes. The female parasitoids were placed in pairs in adapted cages. They were offered 20 third instar larvae of fruit flies, C. capitata and A. fraterculus, in a “Display Unit to Parasitism” (DUP) for one hour, and with no choice. After parasitism, the number of scars left by parasitoids was verified through stereomicroscope. The pupae were classified as non-parasitized (no scars), parasitized (presence of 1 scar) and superparasitized (presence of two or more scars). After emergence, the adults were identified and quantified. The intensity of parasitism was evaluated by the proportion of non-parasitized, parasitized and superparasitized larvae. The experimental design was completely randomized, with 25 replications in a factorial 2x2 (two strains of the parasitoid x 2 species of host larvae). The variables parasitism intensity, scar frequency, frequency of males and females depending on host and parasitoid strain, and frequency of males and females according to larva condition (parasitized or superparasitized) were analyzed through chi-square test. The variables mortality and parasitism rates were submitted to Kruskal-Wallis non-parametric statistics. In the test without choice, regardless of the species of the host larva, females of both strains preferred to superparasitize the offered larvae, and when they had choice, they preferred to superparasitize A. fraterculus larvae and lay only one egg in C. capitata larvae. The frequency of pupae without scar was higher when the offered host was the one in which the female was created. Regardless of parasitoid strain, A. fraterculus was preferred for female’s posture.

Keywords: Anastrepha fraterculus, Biological control, Ceratitis capitata, parasitism

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