Viviane Alves Freitas. Intensidade de antracnose e características físicas e químicas em banana ‘Prata Anã’ sob diferentes doses de nitrogênio

  • Version
  • Download 2
  • Tamanho do Arquivo 1.24 MB
  • Data de Criação 11/06/2021

FREITAS, Viviane Alves. Intensidade de antracnose e características físicas e químicas em banana ‘Prata Anã’ sob diferentes doses de nitrogênio. 2016. 60 p. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal no Semiárido) – Universidade Estadual de Montes Claros, Janaúba, 2016.

A bananeira é a fruteira tropical mais cultivada no mundo. No Brasil, várias doenças pós-colheita acometem essa cultura, dentre elas a antracnose causada por Colletotrichum musae. Dentre os métodos de controle cultural, o manejo adequado de nutrientes pode se tornar um eficiente controle do patógeno. O objetivo deste trabalho foi avaliar a intensidade de antracnose e as características físico-químicas em banana ‘Prata Anã’ sob diferentes doses de nitrogênio (N). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com cinco tratamentos de nitrogênio (T1=150; T2=200; T3=250; T4=400; T5=600 kg ha-1) e quatro repetições. A dose 250 kg ha-1 de N serviu de referência, pois é a utilizada pelos bananicultores da região norte de Minas Gerais. Foram calculadas a Área Abaixo da Curva de Progresso da Intensidade (AACPI) e a Área Abaixo da Curva de Progresso da Severidade (AACPS) a cada três dias, por um período de 12 dias, e avaliadas as características físico-químicas dos frutos a cada três dias, por um período de 15 dias. Avaliou-se a concentração de macro e micronutrientes na casca da banana. Os frutos de plantas adubadas com as doses 200, 250 e 400 kg ha-1 de N apresentaram os menores valores de AACPI no campo. Já os frutos provenientes de plantas adubadas com as doses 200 e 250 kg ha-1 de N, inoculados com conídios de C. musae, apresentaram os menores valores de AACPI em laboratório. O menor valor de AACPS em frutos inoculados com conídios de C. musae em laboratório ocorreu com a dose de 250 kg ha-1. A dose de 150 kg ha-1 de N apresentou maior progresso da doença tanto para incidência quanto para severidade. À medida que os frutos amadureciam, houve um aumento na perda de massa, polpa, acidez titulável, cromaticidade, luminosidade, sólidos solúveis, açúcares totais, açúcares redutores e açúcares não redutores, e uma redução de pH, espessura da casca, firmeza, ângulo hue e amido. As plantas adubadas com as doses de 150, 200, 250 e 400 kg ha-1 de N apresentaram frutos com a melhor aceitação pelos consumidores, já os procedentes de plantas adubadas com a dose de 600 kg ha-1 apresentaram amadurecimento mais acelerado. Os teores de N, P e K na casca da banana aumentaram em função do aumento da dose de N.

Palavras-chave: nitrogenada, Colletotrichum musae, Musa spp., Pós-colheita

 

Intensity of anthracnose and physico-chemical characteristics in dwarf silver banana under different nitrogen rates

Banana is the most cultivated tropical fruit tree in the world. In Brazil, several post-harvest diseases affect this crop, among them anthracnose caused by Colletotrichum musae. Among cultural control methods, nutrient management can be an effective pathogen control. This study aimed at evaluating the intensity of anthracnose and the physico-chemical characteristics in dwarf silver banana under different doses of nitrogen (N). A randomized-complete block design with five nitrogen treatments (T1=150; T2=200; T3=250; T4=400; T5=600 kg ha-1) and four replications was used. The dose of 250 kg ha-1 of N was used as reference, since it is employed by the banana growers in the region of the study, north of Minas Gerais, Brazil. The Area Under the Incidence Progress Curve (AUIPC) and the Area Under the Severity Progress Curve (AUSPC) were calculated every three days for 12 days, and the fruit physico-chemical characteristics were evaluated every three days for 15 days. Macro and micronutrient concentration in banana skin was evaluated. Plants fertilized with doses of 200, 250 and 400 kg ha-1 of N presented the lowest AUIPC values in the field. Plants fertilized with doses of 200 and 250 kg ha-1 of N, inoculated with conidia of C. musae, presented the lowest AUIPC values in laboratory. The lowest AUSPC value in plants inoculated with conidia of C. musae in laboratory occurred with the dose of 250 kg ha-1 of N. The dose of 150 kg ha-1 of N presented the highest disease progression for both incidence and severity. As fruits were maturing, there was an increased loss of mass, pulp, titratable acidity, chromaticity, brightness, soluble solids, total sugars, reducing sugars, non-reducing sugars, as well as a reduced pH, fruit skin thickness, firmness, hue angle and starch. Plants fertilized with doses of 150, 200, 250 and 400 kg ha-1 of N yielded fruits with the best consumer acceptance and plants fertilized with the dose of 600 kg ha-1 showed the fastest maturation. The contents of N, P and K on banana skin increased with the increasing doses of N.

Keywords: Nitrogen fertilization, Colletotrichum musae, Musa spp., post-harvest

pt_BRPortuguese